quarta-feira, 30 de setembro de 2020

SOM projeta módulo de sala de aula adaptado à Covid-19

SOM projeta módulo de sala de aula adaptado à Covid-19

SOM projeta módulo de sala de aula adaptado à Covid-19, School/House. Cortesia de Skidmore, Owings & Merrill

        O escritório Skidmore, Owings & Merrill desenvolveu uma sala de aula modular como resposta à Covid-19. Intitulado School / House, o projeto responde aos principais desafios de densidade, circulação de ar e flexibilidade nas escolas. O sistema de sala de aula de rápida implantação trata do distanciamento social, saúde e segurança durante a pandemia, ao mesmo tempo que oferece espaço de aprendizagem durante reformas ou crescimento rápido.

School/House. Cortesia de Skidmore, Owings & MerrillSchool/House. Cortesia de Skidmore, Owings & MerrillSchool/House. Cortesia de Skidmore, Owings & MerrillSchool/House

School/House. Cortesia de Skidmore, Owings & Merrill
School/House. Cortesia de Skidmore, Owings & Merrill

        School/House apresenta tetos altos, vista para o exterior, sistemas de circulação de ar aprimorados e acabamentos facilmente higienizáveis, bem como tecnologia integrada para ensino e aprendizagem híbridos. Segundo a equipe de projeto, "ele pode ser implantado rapidamente em qualquer superfície plana, tanto em contextos rurais quanto urbanos, e em série, caso uma escola precise aumentar rapidamente para oferecer aos alunos aprendizado presencial sem comprometer sua saúde."

School/House. Cortesia de Skidmore, Owings & Merrill
School/House. Cortesia de Skidmore, Owings & Merrill

        Os módulos são compostos por 7 painéis planos dobráveis que conformam um espaço de 11m x 12,8m, capaz de acomodar uma classe de 25 alunos distantes 1,80m uns dos outros. Em densidades típicas, o módulo pode receber até 50 alunos. 

        Um sistema de piso elevado garante a renovação do ar e leva um ponto de energia elétrica para cada aluno. O projeto pode conformar um conjunto interligado de salas de aula e espaços ao ar livre, dependendo da necessidade.

Via Skidmore, Owings & Merrill

Galeria de Imagens


Cita: Baldwin, Eric. "SOM projeta módulo de sala de aula adaptado à Covid-19" [SOM Designs COVID-Responsive Pop-Up School] 29 Set 2020. ArchDaily Brasil. (Trad. Baratto, Romullo) Acessado 30 Set 2020. <https://www.archdaily.com.br/br/947970/som-projeta-modulo-de-sala-de-aula-adaptado-a-covid-19> ISSN 0719-8906 

Primeiro monumento às vítimas da Covid-19 no Brasil é inaugurado no Rio de Janeiro

        Monumento em homenagem às vítimas da Covid-19. Foto: Reprodução Foi inaugurado o primeiro monumento às vítimas do novo coronavírus no Brasil. Batizado In-finito, o memorial foi instalado no Crematório e Cemitério da Penitência, na zona portuária do Rio de Janeiro, com projeto assinado pela arquiteta Crisa Santos, do coletivo de mesmo nome. 
        A iniciativa, inclusive, é da arquiteta, que desenvolveu o projeto com o objetivo de doá-lo a cemitérios públicos e privados, assim como a prefeituras, empresas ou demais instituições que desejem homenagear as vítimas da Covid-19 em qualquer localidade do país. "Durante a quarentena estivemos [nos cemitérios] e percebemos a necessidade de acolher o enlutado, que ficou à deriva, pois ele não faz mais parte da cerimônia habitual de despedida. Registramos momentos em que o carro funerário entrou direto para a sepultura ou o crematório. 
        A família não viu o corpo [do ente querido], que entrou no hospital e [é como se não tivesse saído], pois viu apenas uma urna funerária. É uma desconexão muito abrupta essa falta de vínculo na despedida. Isso me remeteu a uma história pessoal. Então, trouxe a questão para a equipe", conta Crisa. "É uma forma de reconhecer toda a dor deste momento e de possibilitar aos cemitérios [e outras instituições] oferecer aos seus enlutados um espaço onde as pessoas possam se reconectar aos seus entes que se foram", completa a arquiteta, que há dez anos desenvolve projetos relacionados ao tema. 
        Homenagem Pensado para ser adaptado a diferentes áreas e espaços, o projeto do In- finito é composto por um conjunto de seis módulos, que somam 26 metros lineares. O monumento pode ser instalado em formato de espiral, circular ou linear a partir da composição de quantos módulos a área e o orçamento comportarem -- a arquiteta doa integralmente o projeto (adaptado) para qualquer cemitério ou instituição interessada. Este, no entanto, deve arcar com os custos de instalação dele. "Nós estamos viabilizando uma parte. Quem construir viabiliza a outra. 
        A pandemia serve para juntarmos forças para um bem maior. Isso é o que as pessoas precisam entender, a união de esforços", destaca Crisa. Produzidos em aço corten, os módulos tem formato sinuoso, que remete ao movimento, aos altos e baixos, à linha contínua da vida. Além disso, a forma também permite aos enlutados interagirem com a obra, uma vez que as curvas possibilitam espaços para se sentar ou se recostar, por exemplo. 
                                              Renderização do monumento "In-finito".
                                      Imagem: Divulgação/Coletivo Crisa Santos Arquitetura 

         A interação também ocorre de forma gráfica, uma vez que todos os projetos contam com área destinada a abrigar os nomes das vítimas da Covid-19, seja por meio de gravações, placas ou adesivos. Crisa conta que esta, inclusive, é uma das exigências para a doação do projeto: a de que os familiares possam honrar e homenagear seus entes queridos a partir da inserção de seus nomes no monumento, caso assim desejem. "Não doaremos o projeto se ele prever somente a instalação dos módulos. 
        O cemitério, empresa pública ou privada precisa disponibilizar esse acesso para a inserção dos nomes. E não necessariamente de nomes de pessoas que estejam sepultadas naquele local. A ideia é ser mais democrático, permitir que famílias que [optaram pela cremação e deram outro destino às cinzas], por exemplo, também possam [homenagear seus entes]", detalha a arquiteta. "É uma questão de ressignificar. A partir do momento em que há um nome, essa pessoa deixa de ser um número para ser a história de alguém. 
        O monumento cumpre dois papeis: honra quem se foi e dá dignidade ao luto de quem ficou. Pois, da forma que estão sendo as despedidas, eles não podem ser acalentados pela família, pelos amigos, serem acolhidos. É uma lacuna", acrescenta a arquiteta.

 Via Haus.

Cita: Sharon Abdalla. "Primeiro monumento às vítimas da Covid-19 no Brasil é inaugurado no Rio de Janeiro" 30 Set 2020. ArchDaily Brasil. Acessado 30 Set 2020. <https://www.archdaily.com.br/br/948714/primeiro-monumento-as-vitimas-da-covid-19-no-brasil-e-inaugurado-no-rio-de-janeiro> ISSN 0719-8906

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